quinta-feira, 14 de novembro de 2024

A ETERNIDADE É ETERNA

A ETERNIDADE É ETERNA

40 Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.

Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, cap. 15:40.



São Paulo.

Escritor, advogado, repórter, pregador, jornalista, profeta e apóstolo de JESUS CRISTO.


Desde a monera

Que só tem uma célula:

Somos eternos.



 “Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.”

 Cruz e Sousa (1861-1898).



Desde o mineral

Que nasce na fonte

E ali se esconde

Para sobreviver:

Somos eternos.



Desde a semente

Que entra contente

No terreno ventre

E ressurge no vegetal:

Somos eternos.



Desde o animal

Que tem a sua cria

E alegre vigia

O seu crescimento:

Somos eternos.



Desde o hominal

Que surge afinal

Num corpo de carne

Desce ao vale

E lá se decompõe

Como a Lei Física impõe:

Somos eternos.



Desde o Espírito

Que dá o seu grito

No Ventre do CRIADOR INCRIADO:

Somos eternos.




Desde os Anjos

Que não se cobrem de panos

Como os seres humanos,

Mas se cobrem de luz:

Somos eternos.


 Atravessaste num silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.”

Cruz e Sousa (1861-1898).


Desde os Cristos e os Deuses

Que iluminam os mundos,

Percebemos os profundos

Feitos do SENHOR DEUS.


Espíritos todos somos

Porque dispomos

Do Sentido da Vida Eterna.


Tudo existe

E na vida persiste,

Apenas se renovando

E sempre mudando

A Face dos Universos.


Tudo permanece

Porque sempre investe

Numa Permanência

Em qualquer existência

Sempre esteja.


A Eternidade é Eterna

E através dela

Todos nós evoluímos.


 “Dessas tristezas sem fundo,
sem origens prolongadas,
sem saudades deste mundo,
sem noites, sem alvoradas.”

Cruz e Sousa (1861-1898).


Tudo tem a glória

De uma Vida Constante

Que vai adiante

Acompanhando os Grandes Astros

Que deixam os seus rastros

Para os próximos caminhantes.


 “Junto aos mortos, por certo, a fé ardente 
Não perde a sua viva claridade; 
Cantam as aves do céu na intimidade 
Do coração o mais indiferente.” 



Cruz e Sousa (1861-1898).

Poeta brasileiro.

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